domingo, 29 de novembro de 2009
Haikaí, ai-ai
quem caiu fui eu
meu mundo fez plof!
vaidade, moral
tudim, levou chão
híbris & em pós
nêmesis, pois é:
quem os deuses tão
maldiz, sete nós
ganha, gel anti
germe, gaze e
molho forçado
ponto-falso, ui!
Que lindo
Capacete de pena
Que tem a
Cabocla Jurema
(que las hay, las hay)
terça-feira, 24 de novembro de 2009
emma thomas
até que seria fácil ser um grande canalha
mas sempre seria preciso
ser grande
ser irmão e irmã adotar gatos fazer versos
isso sim
são coisas grandes demais
querida Sissi desista
de saber si
ou de querer esclarecer
como é e como foi pra mamãe
(Mystérios Gozozos)
funke-se quem puder
baby
deixe-a perder a mente
e virar bicho e voltar a ter cheiros fortes
e novos
e só lembrar do mais simples dos antigos
jogos
porque se é bicho também tem aquela máquina
de lembrar e esquecer fantasmas
afinal foi você mesma que disse
que nunca vou poder parar
de fugir
e me explicou que a fuga é uma arte
de parir umbigos
voa quem puxar por eles e sair do chão
uma vez que quem sonha que voa
está com medo (dos vivos)
e que é por isso que me perco e acerco do centro
em deslocamento
como é certo que todo aquele que aceita dormir
no teu sexo-restaurante
deve ser íntima
vítima da própria verdade
e mesmo que não fosse assim me diga
¿como poderia saber que jamais
em ti
ia encontrar paz
e seguiria assim
andariego
?
sou sempre precário sempre esboço
somente um moço
de recados
esforçado
boçal
e
só
domingo, 22 de novembro de 2009
ligo louco só pra ouvir a voz dela (homenagem ao poeta Gregório Delgado)
Os Mil Braços da Deusa da Misericórdia
não preciso do dinheiro
me fodo sozinho sei
amolar meio mundo mídia
vesgo vago meu amor via
somos parecidos desiguais
desejo beijo da lôca
doenteucorpoemeu
de amor incompleto
sofronésis sofroeu
CORPOTEU
POEMATEU
SOLIDÃO SE NOTA
SÓ
grita o gregório
delgado pai de deus
(como pôde simplesmente assim ir
se quem criou)
fui eu(s)?
quarta-feira, 18 de novembro de 2009
segunda-feira, 16 de novembro de 2009
domingo, 15 de novembro de 2009
sábado, 14 de novembro de 2009
você tem razão
eu olho
que tu vejas
onde ele
déja viu
iconoclássica bobagem de quem não tem
cem paus
bilhete único, vale-transporte ou a grana
do busão
o microvestido causa tremendo
rebuliço
agora escrevo o amanhã que já não sei
se há
se houve, se haveria e se será
à vera
ao ir-me indo vou
pasmo
porque o tesão não acha mais a carne, a rima
& a solução
tomo o elevador visionário (do shopping)
parei
de parar, de balançar cem mil vezes o barco
bêbado
da paixão em bicas jorrando ao céu
seus rufos
de que adianta construir pontes entre
os mistérios
e seguir caminhamando
sem sustos?
que tu vejas
onde ele
déja viu
iconoclássica bobagem de quem não tem
cem paus
bilhete único, vale-transporte ou a grana
do busão
o microvestido causa tremendo
rebuliço
agora escrevo o amanhã que já não sei
se há
se houve, se haveria e se será
à vera
ao ir-me indo vou
pasmo
porque o tesão não acha mais a carne, a rima
& a solução
tomo o elevador visionário (do shopping)
parei
de parar, de balançar cem mil vezes o barco
bêbado
da paixão em bicas jorrando ao céu
seus rufos
de que adianta construir pontes entre
os mistérios
e seguir caminhamando
sem sustos?
quarta-feira, 11 de novembro de 2009
sábado, 7 de novembro de 2009
o perfume tragicômico da carne
ah, minh’alma mal
acabada
sombra de um maldormido
sonho
por fora risonha e branca
trágica e vermelha
por dentro
ah, minha terra querida
nação moribunda
como é poética a imagem do moço
encontrado
morto dentro do carrinho
de supermercado
quanto vale, ou é por quilo?
amigos, que graça nascer no desespero resignado
de resignação desesperada
aqui o sol não morre nunca
nem nasce o mar sem plumas
berço e tumba
da nossa vergonha (coberta de asas)
libidinal nudez
ah, que idiota sou
compondo versos de água
elegias da neblina
elogios ao rio escuro de água
dormente
esse rio de noites estreladas
e águas cobertas de luar
e cadáveres desovados
meu canto é café coado
na calcinha
canto a luz do céu
de Suely
este meu coração funâmbulo
que desliza por rios
de matéria choca
que sofre e sonha e reza
para formas espectrais
a imperfeição de que tudo é feito
é o que o teu corpo solidário
derrama em mim
nas coisas
por que
passa
pois igual às perifas e favelas
morros, quebradas e montes aprazíveis
da minha terra
me sinto irmão dos que estão vivos
e dos mortos
órfão
humano só sou na dor
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