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sábado, 29 de março de 2014

o rio ávido da vida



e se as pontes fossem abraços
enredo de cipós e rama
e seiva
suspensos cabos pilastras
tomadas de trepadeiras mato
e mais nada?

e se as avenidas fossem risíveis
rios de capim santo
margaridas leitos transbordando
tulipas
a rebeldia líquida
da flor?

e se os edifícios fossem gigantes
com folhas e galhos
assustados metros quadrados
playgrounds no asfalto amarelo
ou jardins?

e se nós
a bolha a moda
a média o urgente
dólar e a bolsa
explodíssemos em sinfonias
de trânsito
templo ao tempo
perdido?

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