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domingo, 30 de maio de 2010

nada é o que aparece, o invisível sempre estraga tudo

o segredo do mundo não guarda
nenhuma redenção
talvez apenas mais
demência

você vive imune na Bolha
mora na Zona Verde de Bagdá
ou pega buso no pé do morro
(Ameno Resedá)?

mas existe fora do Google Maps
algum lugar de não
de mentes que incaptam
o Sistemafodão?

não há limites naturais
para o impensável
o assassinato em massa elevado a arte
performática do século

estranhamente familiares despidas
de afeto belas e amargas crônicas
sobre pessoas vazias de esperança
e sentido

eu você e todos nós
nada fazemos pelas
outras pessoas como qualquer
outra

acontece que ainda estou na pegada
seguindo segundo
a segundo a levada beat
pulso da pulsação

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