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quinta-feira, 1 de março de 2012

Eleições 2012 - Candidatura de Serra muda quadro eleitoral em São Paulo


O candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra, visita a favela de Heliópolis
José Serra, durante a campanha presidencial de 2010 (AE)
As peças do tabuleiro das eleições de 2012 em São Paulo sofreram uma profunda mudança de posição com o anúncio da candidatura de José Serra (PSDB). O PSD, que chegou a namorar o PT, arriscou indicar nomes para a vaga de vice do ex-governador. O DEM, que até então tinha Rodrigo Garcia como postulante ao cargo, admite que desistirá da candidatura.
Garcia, que se esforçou nas últimas semanas para mostrar que era candidato "para valer", apostava na pulverização dos partidos oposicionistas: como os postulantes tucanos ao cargo não dispunham de grande popularidade, os democratas preferiam lançar o próprio candidato. Com Serra, o cenário mudou.
O comando do DEM pretende agora valorizar a própria lealdade ao PSDB: com a vaga de vice em aberto na chapa de Serra, os democratas querem convencer os tucanos de que o PSD deve ficar em segundo lugar na fila na hora de pleitear espaço. Mas a verdade é que, no plano municipal, o partido de Gilberto Kassab tem muito mais força.
PPS - Parceiro do PSDB e do DEM no plano nacional, o PPS adota uma postura diferente: garante que manterá a pré-candidatura de Soninha Francine à Prefeitura. O presidente do partido, Roberto Freire, conversou nesta segunda-feira com Davi Zaia e Carlos Fernandes, caciques da legenda no estado de São Paulo e na capital paulista, respectivamente. Dos dois, ouviu que o anúncio de José Serra não muda os planos da sigla.
Roberto Freire diz que a pré-candidata, que tem mais proximidade com os eleitores jovens, dialoga com uma fatia do eleitorado diferente da de Serra, o que é uma vantagem para a oposição: “É uma candidatura que ajuda o bloco oposicionista”, avaliou Freire. “A Soninha tem um eleitorado que representa muito do que ela pensa”.
Na quarta-feira passada, Serra procurou Roberto Freire para sondar a posição do PPS caso se lançasse candidato. Ouviu do presidente do partido que a candidatura de Soninha estava mantida, mas que o apoio num eventual segundo turno era certo. Serra não fez nenhum pedido, de acordo com Freire. Em 2008, Soninha também se lançou candidata à prefeitura. Derrotada, apoiou no segundo turno o atual prefeito Gilberto Kassab contra a petista Marta Suplicy.
PT - “A eleição não se torna mais fácil nem mais difícil com a candidatura de José Serra”, afirmou Rui Falcão, presidente do PT. “A força do nome do Haddad e do PT, a identificação do candidato com o governo Dilma e a figura do ex-presidente Lula tornam possível a formação de alianças e a vitória nas eleições”.
A decisão de Serra, segundo o vereador Antonio Donato, presidente do diretório municipal do PT na capital paulista, desmotivou a ala do partido que estava “entusiasmada” com uma eventual aliança com PSD de Gilberto Kassab. “Haddad estava muito animado e continua animado”, afirmou.
Apesar da presença do prefeito de São Paulo até na festa de aniversário do PT, no começo de fevereiro, Falcão afirmou que nunca houve conversas formais entre os dois partidos. “Em nenhum momento Haddad deixou de dizer que tem um programa de mudança para a cidade”, insistiu o petista.
O deputado federal Paulo Teixeira (PT-SP) avalia que a decisão dos tucanos pode acelerar as negociações em torno de alianças. “Dá mais nitidez ao quadro”, afirmou. Os petistas negociam com o PR a vaga de vice de Haddad. O vereador Aurélio Miguel é um dos nomes cotados. O PT, no entanto, exige que o partido retorne para a base aliada do governo Dilma – o PR virou as costas para o Planalto desde que Alfredo Nascimento (PR) deixou o Ministério dos Transportes, em julho, acusado de envolvimento em esquemas de corrupção.
Além do PR, Haddad espera conquistar o apoio do PSB. A coligação, no entanto, só deve ser definida em junho. Os petistas também buscam aliança com o PDT, mas o deputado federal Paulinho da Força (PDT) mantém sua candidatura. “Paulinho é nosso candidato até o fim, não há nenhum acordo em relação à retirada da candidatura”, disse o presidente do PDT, Carlos Lupi.
O PMDB também avisou: tentará ganhar o pleito com Gabriel Chalita encabeçando a chapa. Celso Russomano (PRB) e Netinho de Paula (PC do B) também pretendem disputar a prefeitura de São Paulo.
Fonte: Blog Palmas Aqui

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