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segunda-feira, 5 de julho de 2010

A negação de um antagonismo que é inerente a estrutura

Durante o dia de hoje relembrei uma passagem de infância na qual estava sentado em uma sala de aula na quarta ou quinta série, não me recordo bem agora... O fato é que uma professora de história pediu para que eu lesse um trecho de um livro no qual contava-se a violência com que os portugueses invadiram "nosso território". Eu como sempre desavisado disse a professora que os homens são assim mesmo conquistadores de terras e de corpos, já imaginava que os portugueses estavam atrás eram das índias mesmo. A professora muito brava com meu comentário, disse que essa não era uma característica dos homens em si mas da humanidade. Hoje percebo que é isso que a ideologia tem de mais estranho nos dias pós-modernos.Percebam que as mulheres gostam de usar substantivos femininos, a humanidade, e os homens não entendem essa negação que é o de ocultar uma estrutura que seria a ponte de união de nossos seres...
A síntese é sempre feminina que eleva o antagonismo ao nível da universalidade abstrata enquanto que o antagonismo entre as classes(masculino e feminino), é a luta de classes que sempre concluíra o história.O antagonismo da luta de classes pode ser desconstruído ao modo de Derrida.Se o masculino luta para fazer-se reconhecido pelo pai, o pai sempre reconhece o futuro como porta voz de uma verdade que nunca é, sempre vem a ser ....

Para o pai, o filho nunca é algo, é sempre uma cifra a ser decifrada. E a resistência que a cifra tem

em ser decifrada é a prova do antagonismo sempre presente entre os homens, aqui podemos ver que a síntese entre ambos é sempre não-toda, enquanto que em uma relação que um homem tem com uma mulher é sempre toda para ser não-toda no que vem a ser, enquanto que entre mulheres é não-não-toda. Pois ela é toda na dupla negação de ambas..

Essa negação de uma estrutura é a matriz ideológica pós-moderna onde o 1 que separava o dentro e fora foi castrado, o fato de não termos uma meta-narrativa ou seja a uni-versão, é a produção própria ao fetiche-fantasmático da física quântica com seus multi-universos. Onde só podemos dizer como Morpheus a Neo( que é o sujeito pós-moderno, orbitando em torno de um real sempre ausente, ou seja no deserto do Real ) essa imagem de alguém que órbita em torno de si mesmo me faz lembrar Kant entorno do numeno como um cachorro querendo morder o próprio rabo, descrevendo uma imagem que é da própria dialética temporal, uma linha que curva-se sobre si mesma, fechando um ciclo histórico. Uma homenagem a todos que amam o saber, que só pode ser desejo e não objeto...

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